quarta-feira, 28 de maio de 2008

A Lenda de S. Vicente e os Corvos

The legend of Saint Vicente and the crows

Conta a lenda que há muito, muito tempo havia um Ancião que queria salvar o corpo de S. Vicente, dos mouros que estavam a atacar a sua cidade. Então foi falar com um capitão para que este o levasse. Reuniram um grupo de homens para os acompanhar e proteger na longa viagem. Durante a viagem encontraram uma tempestade que os empurrou até à costa algarvia.

Tells the legend that long time ago there was an Elder who wanted to save S. Vicente’s body from the moors who were attacking the town. So the Elder went to talk to a captain in order to take the body with him. They gathered a group of men to accompany and to protect them in the journey. During the journey a storm pushed them to the Algarve coast.


Ali passaram a noite.
There they spent the nihgt.


No dia seguinte, quando se preparavam para partir de novo, avistaram um barco de piratas. O capitão disse-lhes:
_Eu vou partir sozinho, é mais seguro. Voltarei depois para vos vir buscar.


The following day, when they were preparing to leave again, they saw a ship of pirates. The captain told them:
- I’m going alone because it’s more secure. I’ll be back to look for you.




Passaram dias, semanas, meses e o Ancião e os seus homens já não tinham esperança que o capitão os viesse buscar. Então eles fundaram ali uma aldeia, onde construíram uma capela para enterrarem o corpo de S. Vicente e deram também àquele cabo, o nome de Cabo de S. Vicente.


It took days, weeks, months and the Elder and his men were no longer hope that the captain would seek them. So, they founded a village there, where they built a chapel to bury S. Vicente’s body and they also named that place as cape of Cabo (cape) of Saint Vicente.


Passados alguns anos, também esta terra foi atacada pelos mouros. O Ancião e os seus homens foram feitos prisioneiros mas sem nunca revelarem o que tinham enterrado na capela. Dias depois o Rei de Portugal enviou as suas tropas para combater os mouros. Travaram uma luta difícil mas os portugueses ganharam.
Todos os prisioneiros foram libertados e o Ancião teve assim oportunidade de pedir ajuda ao Rei, dizendo-lhe que há muitos anos tinha enterrado o corpo de S. Vicente mas como toda a aldeia tinha sido destruída, não sabia ao certo em que sítio. O Rei ficou surpreendido com essa revelação e prometeu que os seus homens iriam ajudá-lo a encontrar o Santo.

After a few years, this land was also attacked by the Moors. The Elder and his men were taken prisoners but they never reveal what they had buried in the chapel. Although the king of Portugal sent his troops to fight the Moors. They engaged a difficult fight, but the portuguese won.
All prisoners were released and the Elder was thus able to ask for help to the king, telling him that many years ago they had buried Saint Vicente’s body, but as the entire village had been destroyed they didn’t know for sure in which place.The king was surprised by this revelation and promised that his men would help him to find the Saint.


O Ancião olhou à sua volta e observou um bando de corvos a sobrevoar um monte de terra. Pediu aos homens do Rei para escavarem nesse local. Os homens escavaram até ao fundo e lá encontraram o corpo de S. Vicente.
O corpo do Santo foi levado de barco para Lisboa e ao longo da viagem foram acompanhados por dois corvos, um na proa e outro na popa.

The Elder looked around and observed a flock of crows flying a place. Heasked th soldiers to dig and there they found Saint Vicente’s body.
The body of the Saint was taken by boat to Lisbon and along the journey were accompanied by two crows, one on the bow and the other on the stern.


Ao entrar nas águas do rio Tejo, o barco acompanhado pelos corvos impressionou as gentes de Lisboa que o esperavam ansiosamente.
Finalmente o corpo de S. Vicente foi enterrado dignamente na Sé Catedral de Lisboa e a imagem do barco com os corvos ficou na memória dos lisboetas que a quiseram fazer recordar, colocando-a no brasão da sua cidade.

When they entered in the waters of the Tejo River, the boat was accompanied by the crows, and this impressed the people of Lisbon that eagerly waited it.
Finally Saint Vicente’s body was buried with dignity in the cathedral of Lisbon and the image of the boat with the crows remains in the memory of the people of Lisbon that wanted to recall putting in the coat of their city.



Texto de Leandro, André e Pedro
Ilustrações da turma 6ºB

A Lenda de S. Silvestre

The Legend of S. Silvestre

Conta a lenda que há muito, muito tempo existia uma linda ilha no Oceano Atlântico. Essa ilha chamava-se Atlântida e o seu Rei era muito ganancioso, queria sempre mais do que aquilo que tinha.

A long time ago there was a wonderful island on the Atlantic Ocean. It was called Atlantida. Its King was very greedy. He always wanted more and more.

Um dia quis desafiar os Céus, dizendo que ia conquistar Atenas. Foi uma grande batalha. Os Céus, como castigo por os ter desafiado, deixaram Atenas ganhar. Mas o castigo ainda não tinha acabado. A partir desse momento a ilha foi assolada por imensas inundações, terramotos, … Com todas estas tragédias, a ilha afundou-se e todos os que lá viviam morreram.

One day he wanted to challenge the Gods saying he would conquer Athens. It was a great battle. As a punishment for being challenged, the Gods let him win. Nevertheless, the punishment didn't stop. From that day on, there were many floods and earthquakes. With all this tragedy the island sank and every one died.

Passado muito, muito tempo S. Silvestre viu Nossa Senhora debruçada por cima dos Céus, a olhar para o sítio onde existia Atlântida mas não ligou muito, pois estava preocupado com o que fazer com os Homens para que estes nunca esquecessem o significado do desaparecimento da linda ilha.

Much later S. Silvestre saw Virgin Mary, in Heaven, looking to the place that once had been Atlantida.
S. Silvestre was worried as he didn't want that that tragedy was forgotten by men.

Mas de repente N. Senhora começou a chorar. As suas lágrimas pareciam pérolas e uma delas caiu exactamente no sítio onde outrora existiu a ilha e dessa pérola nasceu uma outra ilha também muito bonita e verdejante, a Ilha da Madeira.

Suddenly, Virgin Mary started to cry. Her tears looked liked pearls and one of them fell on the place that once had been Atlantida. From that pearl another island, as beautiful and green as the previous, was formed – its name is the Island of Madeira.


Durante muito tempo, sempre que davam as doze badaladas na última noite do ano, um manto de cores surgia no céu.

For a long time, when the clock stroke midnight, the day before the first day of the new year, many colours covered the sky.


As gentes daquela ilha quiseram fazer lembrar esta imagem para sempre e por isso todos os anos, na ilha da Madeira, a noite de S. Silvestre festeja-se com um grandioso e colorido fogo de artifício.

The people from that island wanted to keep this image for ever, so every year, there is a grandiose and colourful firework in the Island of Madeira.Texto de: Marta Regadas (6ºB)

Ilustrações da turma 6ºB




terça-feira, 27 de maio de 2008

A Lenda de Gaia

Narrador - Há muitos, muitos anos, aconteceu esta história…Uma história de amor e guerra.
Reinava na Galiza um rei cristão chamado Ramiro, casado com uma rainha chamada Gaia. Nas terras junto ao rio Douro, reinava outro rei que era árabe e se chamava Alboazar.
Um dia, Alboazar viu a rainha Gaia e apaixonou-se por ela. Mas havia um problema, ela era casada com o rei cristão.
Alboazar andava sempre a pensar na rainha Gaia e queria roubá - la ao rei Ramiro.
Um dia, Alboazar soube que o rei Ramiro tinha partido para a guerra, e a rainha Gaia estava no castelo com alguns soldados velhos e suas aias.
Alboazar foi à Galiza raptar a rainha Gaia e levou-a consigo para a Galiza.
Quando o rei Ramiro voltou da guerra, disseram-lhe que a rainha tinha sido raptada pelo rei árabe.
Ramiro zangado, preparou 3 barcos cheios de soldados e partiu para libertar a sua rainha Gaia.
Quando chegaram ao rio Douro taparam os barcos com ramos e Ramiro disfarçou-se de mendigo, levando um chifre e a sua espada escondidos. Ramiro falou assim aos seus soldados:

Rei Ramiro - Fiquem aqui escondidos. Assim que conseguir entrar no castelo tocarei no corno para que corrais a ajudar-me.
Narrador - Deste modo partiu o rei Ramiro por entre árvores. Já perto do castelo parou junto de uma fonte, para descansar. Passado algum tempo, apareceu uma jovem moura em busca de água.
Rei Ramiro - Quem és tu e a quem serves?
Ortiga - O meu nome é Ortiga e sou serva da rainha Gaia. Vim buscar água e não posso demorar-me.
Rei Ramiro - Espera. Não tenhas medo. Sou apenas um romeiro. Empresta-me esse púcaro para que possa beber e assim matar a minha sede.
Ortiga - Agora que saciaste a tua sede, deixa - me partir pois a minha ama já deve estar à minha espera.
Narrador - Logo que chegou ao castelo, Ortiga dirigiu - se ao quarto da rainha, levando - lhe a água para que ela se pudesse refrescar; Quando lhe deitava água nas mãos caiu nelas metade do anel. A rainha ao vê - lo reconheceu - o imediatamente e disse:
Rainha Gaia - Diz - me Ortiga, diz - me quem encontraste na tua ida à fonte?
Ortiga - Ninguém senhora! Eu não encontrei ninguém!
Rainha Gaia - Não mintas Ortiga! Para teu bem e meu, diz - me com quem te cruzaste a caminho da fonte?
Ortiga - Vi apenas um romeiro senhora, velho e cansado! Pediu - me água para matar a sua sede.
Rainha Gaia - Pois então Ortiga, volta para onde o viste e traz esse romeiro à minha presença.
Rainha Gaia - Diz - me romeiro o que te trouxe aqui?
Romeiro (rei Ramiro) - Foi o meu amor por vós que guiou o meu coração. A rainha reconhecendo - lhe a voz perguntou:
Rainha Gaia - Romeiro! Romeiro! És quem eu penso?
Romeiro (rei Ramiro) - Pois quem mais vos poderia dar tal anel?
Rainha Gaia - Foge Ramiro! Foge daqui. Alboazar foi à caça e não tarda que chegue e se deite a dormir. Eu aviso-te e tu o matarás. Ortiga esconde–o naquele quarto!
Narrador - Alboazar chega da caça e a rainha Gaia perguntou - lhe:
Rainha Gaia – Meu senhor, se aqui tivesses D. Ramiro, que lhe fazias tu meu rei?
Rei Alboazar - Fazia - lhe o mesmo que ele me faria. Matava-o.
Rainha Gaia – Ortiga vai buscar o homem.
Rei Alboazar - És tu o rei Ramiro?
Rei Ramiro - Sou eu. Rei Alboazar - O que vieste aqui fazer?
Rei Ramiro - Vim ver a minha mulher que tu roubaste traiçoeiramente... Eu confiava em ti.
Rei Alboazar : - Vieste para morrer, mas antes quero perguntar-te: Se me tivesses em teu castelo que morte me darias?
Rei Ramiro - Dava - te um capão assado e uma regueifa com um copo de vinho. Depois havias de tocar um chifre até que perdesses o fôlego. Mais ainda, abriria as portas do castelo para que todos vissem o teu sofrimento e a tua morte.
Rei Alboazar - Pois essa é a morte que te vou dar.
Narrador - Depois de comer e beber o rei Ramiro chegou à torre e começou a tocar o corno… Os seus companheiros perceberam o sinal e correram a ajudá-lo. Inicia-se uma luta sangrenta e morrem muitos muçulmanos.
Soldados – Rei Ramiro ganhamos, vencemos.
Rei Ramiro – Vamos para os barcos. Voltemos para as nossas terras. Vem Gaia.
Já dentro do barco, o rei Ramiro vê a rainha Gaia a chorar. Sem compreender o que se passa com a sua esposa pergunta-lhe:
Rei Ramiro – Gaia porque choras?
Rainha Gaia - Choro por amor do rei mouro que mataste.
Rei Ramiro – Como te atreves a chorar pelo rei mouro?! Não mereces viver. Soldados prendei-a com cordas e amarrai-a a uma mó de pedra. Mira Gaia! Mira, que miras pela última vez!
Narrador – O rei Ramiro dizendo isto lançou a rainha Gaia nas águas num local que ficou conhecido por Foz de Âncora. Depois voltou para a Galiza onde mais tarde casou e teve enorme descendência.
Vitória, vitória acabou a história!



The legend of Gaia



Narrator - A long, long time ago there was a story about love and war.
In Galiza ruled a Christian king named Ramiro, married with a very beautiful queen named Gaia. In the lands at the south of the river Douro ruled an Arab king named Alboazar.
One day, King Alboazar saw the queen Gaia and felt in love with her.
Alboazar was so in love that spent all the days thinking about how to bring Gaia to his castle. But, she was married!
Time passed and Alboazar kept on thinking about queen Gaia and he couldn’t forget her!
One day, the soldiers of the king Alboazar informed him that the king Ramiro had gone to war and Gaia was guarded by a few of old and tired soldiers and some chambermaids.
Alboazar left rapidly with his army, to kidnap queen Gaia and to take her to his castle.
When king Ramiro returned home, didn’t find his wife and very displeased he knew that the queen now live with the Arab king. King Ramiro was angry of pain therefor he decided to release his queen Gaia.
So he prepared three galleys that should arrive by sea at São João da Foz and to anchor at Afurada. ( now the city of Vila Nova de Gaia)
As soon as the boats arrived they were covered by trees’ branches. King Ramiro disguised himself of pilgrim, carrying a horn and a sword under his clothes. Before he left in the direction of Alboazar’s castle, he told his companions:
King Ramiro – Hide here. As soon as I can enter into the castle I’ll blow the horn so that you go to rescue me.
Narrator - In this way king Ramiro left though the trees. He stopped close to a fountain, near the castle to rest. After a while, appeared a young moor girl to go for water.
King Ramiro.- Who are you and who do you serve?
Ortiga – My name is Ortiga and I am a servant of queen Gaia. I came for water and I can’t be long.
King Ramiro – Wait. Don’t be afraid. I’m just a pilgrim. Lens me that jar to drink some water, to quench my thirsty.
Ortiga – Now that you have quenched your thirsty, let me leave, because my mistress should be waiting for me.
Narrator - As soon as she arrived the castle, Ortiga made her way to the queen’s bedroom, taking her the water to refresh herself.
When Ortiga threw the water on the queen’s hands, a half of a ring fell on it.
Queen Gaia. – Tell me Ortiga. Who do you found when you went to the fountain?
Ortiga – Nobody my lady! I hadn´t found nobody!
Queen Gaia – Don’t lie to me Ortiga! For our own good, tell me who do you found in the way to the fountain?
Ortiga - I only saw a pilgrim my lady, old and tired! He asked for water to quench his thirsty.
Queen Gaia - So go back to the place you have seen him and bring that pilgrim at my presence.
Ortiga left, bringing back the pilgrim whom she took to the queen presence.
When the queen saw the pilgrim, she asked him.
Queen Gaia – Tell me pilgrim what brought you here?
Pilgrin ( King Ramiro) – It was my love for you that guided my heart.
The queen recognized his voice and asked:
Queen Gaia - Pilgrim! Pilgrim! Are you the one I think you are?
Pilgrin ( King Ramiro) – Who else could give you such ring?
Queen Gaia – Run Ramiro! Run away from here. Alboazar went to hunt and he won’t be long. When he lays down to sleep I’ll do you a sign and you’ll kill him.
Narrator - When Alboazar arrived, the queen asked him:
Queen Gaia – How are you my lord? What would you do if you had here king Ramiro?
King Alboazar – I would do him the same he would do to me. I would kill him.
Queen Gaia – Ortiga bring the man.
King Alboazar -The man ? What man?... Is that you the king Ramiro?
King Ramiro .- Yes, I am!
King Alboazar .- What are you doing here?
King Ramiro .- I came to see my wife that you treacherously had stolen from me. I trusted you.
King Alboazar .- You came to die, but before I want to ask you: If you had me in your castle, what kind of death would you give me?
King Ramiro.- I would give you a roasted capon and a ring of twisted bread with a glass of wine.
Then I would open the doors of the castle and would call all the crowd to see how would you die. I would make you climb up a pattern and blow a horn till you would lose your breath. And I would open the doors of the castle so everybody could see you suffering.
King Alboazar .- So, that is the death I will give you. Soldiers give him a roasted capon, a ring od toasted bread and a glass of wine. Ten take him to the tower and open the doors!
Narrator - So, when king Ramiro arrived to the tower and started to blow the horn, his fellows understood the sign and ran to help him.
They enter in the castle that had its doors opened without any difficulties. And king Ramiro took up his sword to join his fellows in the fight against the moors. (The Arabs were defeated.)
Soldiers and King Ramiro – We won, we won.
King Ramiro - Let’s go back to our lands. Soldiers back to the boats. Gaia come, let’s go to our castle.
Narrator - As the boats shoved off, the queen dropped tears, when she saw the castle where she had been happy with the king Alboazar.
King Ramiro - Why are you crying?
Queen Gaia .- I cry for the love of the Moorish king you killed.
King Ramiro – Soldiers wound a rope around her hands and feet. Tie her to a stone:
- Mira (look) Gaia! Look that you are looking for the last time!
While he said that, he pushed her into the waters.
Narrator – Tells the legend that it waslike this that queen Gaia died in the waters of a place called Foz de Âncora. King Ramiro returned to Galiza and married again. He had many descendents.

The end

A Lenda dos Tripeiros

Conta a lenda que há muito, muito tempo, junto à margem do Rio Douro havia um grupo de trabalhadores que eram chefiados pelo Mestre Vaz. Esses trabalhadores construíam naus e barcos. Certo dia os empregados perguntavam-se uns aos outros, para que queriam aqueles barcos que há muito tempo estavam a construir.

The Legend of the "Tripeiros" (tripe-eaters)A long time ago, by the River Douro, there was a group of workers. These workers, led by Master Vaz, built vessels and ships.One day, the workers started to ask each other what was the use of these vessels they were building.Então cada um tinha uma opinião diferente, uns diziam que era para levarem D. João I a fazer uma grande viagem; outros diziam que era para levarem os Infantes até Itália para se casarem.

Each of them had a different opinion. Some said that D. João I would use the vessels to travel for a long time; others said that the vessels would take the infants to Italy to get married.

Até que um dia o Infante D. Henrique chegou ao Porto e foi observar os trabalhos, tendo ficado surpreendido e satisfeito. Contou ao Mestre Vaz a razão pela qual andavam há tanto tempo a construir aqueles barcos. D. Henrique explicou-lhe que iam conquistar Ceuta.

One day the Infant D. Henrique arrived in Oporto and observed their work. He was very happy with the work. D. Henrique told Master Vaz that they would conquer Ceuta.


Mestre Vaz ao saber tal coisa, tranquilizou logo o Infante, dizendo-lhe que os seus trabalhadores iam conseguir acabar rapidamente os barcos. E como voto de confiança daria toda a carne do Porto para que não passassem fome durante a viagem. Enquanto isso os habitantes doPorto ficariam só com as tripas.

Master Vaz told The Infant that the workers would build the vessels on time.The inhabitants of Oporto gave the best meat to the sailors for their journey and kept the tripe.


Os Infantes partiram e os habitantes do Porto fizeram vários pratos deliciosos com tripas. Assim foram chamados de Tripeiros.

The inhabitants of Oporto cooked delicious dishes during the sailors' journey. So they were called "Tripeiros " (tripe-eaters).



Texto elaborado por: Filipa Cortez, nº7 do 6ºB
Ilustrações de: Érica Fernandes, Isidro Lopes, José Manuel Pinto, Leandro Teixeira, Luís Simões, Marta Regadas, Pedro Sousa, Tânia Araújo (6ºB)

terça-feira, 22 de abril de 2008

A Lenda da Sopa de Pedra

The story of the stone soup
Conta a lenda que há muito, muito tempo, em Almeirim vivia um frade muito pobre que costumava andar de aldeia em aldeia a bater às portas, pedindo comida.
Numa das suas paragens, o frade bateu à porta de uns camponeses, mas estes não lhe deram nada. Perante esta resposta, anunciou que iria fazer uma sopa de pedra. Todos se riram dele e a camponesa disse então:
_ Que raio de sopa é essa? Sempre queremos ver isso…
_ É uma sopa especial que posso ensinar a fazer.
_ Diga-nos o que precisa para a fazer que nós logo lhe daremos.
O frade colocou uma pedra dentro da panela e disse-lhes o que precisava e lá foi cozinhando. Aos poucos, foi juntando à sua pedra, umas batatinhas, umas couves, um pouco de carne e umas cenourinhas. Provou e verificou que estava insossa, por isso a camponesa foi-lhe buscar uma pitada de sal.
Once upon a time a friar arrived at a village. He was very tired and hungry. He knocked at the door of an old couple. They were very nice.
The friar showed the nice couple a stone and said,
"I would like to make a soup with this stone."
The couple couldn't believe he was serious.
"With that stone? We don't believe you."
The friar washed the stone and asked the old lady for a pot with water.
"Are you going to make a soup with this stone? Nothing else?", asked the couple.
"No", answered the friar. "I will add oil, meat, beans, potatoes, coriander, cured sausages ..."


Quando a sopa estava quase pronta, o frade tirou um naco de pão da sua sacola e comeu a sua deliciosa sopa, com tanta vontade que só parou quando apenas restava a pedra no fundo da panela.
Muito espantada, a camponesa exclamou:
_ Então e a pedra???
_ A pedra, vou lavá-la muito bem e guardá-la para uma próxima vez.
Assim, o nosso frade comeu em casa de quem nada lhe queria dar.

Com esta lenda aprendemos que devemos sempre partilhar as nossas coisas com quem não as tem.

The soup started boiling and the smell was delicious. When the friar started eating the soup, the couple asked him,
"And, where is the stone?"
"The stone?", asked the friar,
"I will use it again to have another meal!"


Texto de : Ana Rita Faria, Maria Inês Leão e Tânia Filipa Almeida

terça-feira, 11 de março de 2008

A Lenda do Galo de Barcelos

The legend of the cock of Barcelos

Conta a lenda que há muito, muito tempo, onde agora se situa a cidade de Barcelos, antigamente havia um reino onde tudo estava sempre tranquilo.
Once upon a time, there was a quiet kingdom, nowadays known as the city of Barcelos. Um dia as jóias dum homem rico foram roubadas e as pessoas começaram a suspeitar umas das outras.
Por coincidência, chegou nessa altura ao reino, um rapaz galego de quem as pessoas começaram logo a suspeitar. Logo, logo, as gentes da terra decidiram levá-lo perante um juiz.
One day the wealth of a rich man was stolen and everyone became suspicious.
That time a boy arrived at the kingdom. He came from Galicia. Everyone accused him of having stolen the rich man's wealth, so he was taken to the house of the judge.

Quando chegaram a casa do juiz, o rapaz só dizia:
- Deixem-me, não sou o culpado!
When they arrived there, the boy protested his innocence:
"I'm not guilty! You have to believe me."

Antes de entrarem, o juiz estava a preparar-se para comer um delicioso galo assado. Quando entraram os homens disseram ao juiz que tinham encontrado o ladrão das jóias do homem rico.
O rapaz olhou à sua volta, viu o galo e então disse:
- Estou tão inocente, como este galo há-de voltar a cantar.
Toda a gente desatou às gargalhadas e o juiz mandou-o prender.
Before they came in, the judge was about to eat a delicious roast chicken. When they came in, the men told the judge they had found the thief of the wealth of the rich man.
The boy looked around. He saw the cock and said: "If I am innocent, this cock will crow".
There was an outburst of laughter. The judge ordered him to be arrested.

Quando voltaram à casa do juiz, este estava a tentar comer o galo. Mal pegou nos talheres, o galo, para o espanto de todos, cantou. Então o juiz mandou libertar o rapaz.
A partir deste dia o Galo passou a ser um símbolo da cidade.
When they returned to the judge's house and were preparing to eat, the cock stood up on the table and crowed. The judge released the boy and sent him on his way in peace.

Texto de: Maria Inês Silva e Afonso Robles.
Ilustrações de: Mafalda Isabel Rodrigues da Silva

terça-feira, 4 de março de 2008

Lenda de Geraldo Geraldes, o Sem Pavor

The Legend of Geraldo Geraldes


Há muito tempo existia uma cidade que pertencia aos mouros, a que chamavam Yeborath. Esta cidade fica a sul da cidade de Lisboa.
D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, tentava conquistar terras para o seu país e tinha o propósito de conquistar Yeborath para Portugal, mas era uma cidade muito difícil de vencer por causa das grandes muralhas do seu castelo.


A long time ago there was a city that belonged to the Moors. It was called Yeborath. This city is located on the south of the city of Lisbon.
D. Afonso Henriques, the first King of Portugal, tried to conquer many lands for his country. He wanted to conquer Yeborath, but it was very difficult because of the walls of the fortress.


Um dia, um nobre chamado Geraldo Geraldes conhecido pelo “Sem Pavor” ouviu essa notícia. Chamavam-lhe o “Sem Pavor” porque não tinha nenhum medo e era muito corajoso.

“Sem Pavor” resolveu conquistar a cidade de Yeborath e para isso traçou um plano de ataque, preparando tudo com cuidado.


One day, a noble man called Geraldo Geraldes heard this story. He was known as "the one without fear" as he was a brave man. He decided to conquer the city. To do that he planned everything carefully.


Para não ser descoberto aproximou-se de Yeborath disfarçado de trovador e foi tocar à porta do Castelo. Quando o guarda que aí estava adormeceu, Geraldo subiu as muralhas e roubou-lhe a chave das enormes portas. Depois abriu-as para deixar entrar os seus homens que apanharam de surpresa os mouros e os venceram conquistando a cidade.


He disguised himself as a troubadour and started to play some songs by the castle. The guard of the castle fell asleep. He climbed the walls of the fortress and stole the keys of the huge doors. He opened the doors to allow their men to come in. The Moors were surprised and defeated. They conquered the city.


Geraldo Geraldes ofereceu Yeborath ao rei de Portugal que ficou muito satisfeito. Para o recompensar pelo seu feito, ofereceu-lhe a chave da cidade de que foi alcaide, e uma espada como sinónimo da sua coragem.

Geraldo Geraldes gave the King of Portugal Yeborath. The King was very happy. As a reward for this event, he gave him the keys of the city and a sword as a symbol of his courage.

Então a cidade passou a chamar-se Évora e ainda hoje tem uma importante praça com o seu nome – Geraldo Geraldes.


The city was called Évora. Nowadays it still has a square called Geraldo Geraldes

Texto de: Ruben Sousa -8ºC
Ilustrações de: João Barroso - 8ºB


Text written by: Rúben Sousa – 8º C
Drawings: João Barroso – 8º B